Sou um grande defensor das copas
regionais (interestaduais), pois acredito que é uma forma de democratizar o
acesso das pequenas e médias equipes aos recursos da TV e patrocinadores.
A união faz a força! Torço – e muito
– para que as ligas regionais tenham sucesso. Os clubes precisam unir o que há
de melhor para que tenham retorno financeiro.
É preciso unir forças,
conhecimento e trabalho. Não é “pegar carona” nos clubes maiores, como acontece
hoje nos campeonatos estaduais. Não podemos sacrificar o Flamengo, Cruzeiro,
Grêmio etc em prol da sobrevivência dos clubes do interior.
Esse tipo de pensamento é muito
lesivo ao futebol brasileiro, pois impede os grandes clubes de potencializarem
suas receitas e tornarem-se competitivos internacionalmente.
Os grandes precisam se juntar entre
eles, eventualmente dando uma oportunidade para as equipes médias de sua
região. Ainda assim, torna-se mais democrático o acesso, pois dificilmente uma
equipe média/pequena conseguirá chegar à Série A do Campeonato Brasileiro, mas
poderá ter êxito na Copa do Nordeste, Copa Verde etc.
Troféu da Copa do Nordeste |
A Copa do Nordeste é o melhor
exemplo que temos. Uniram as potências regionais (que tecnicamente no Brasil
são equipes de médio porte, basta ver que a grande maioria oscila entre Séries B
e C) e não dependem de Flamengo ou Corinthians para obter sucesso. O sucesso
está no regionalismo, com os clubes mais populares do Nordeste, e também dando
oportunidade aos clubes menores.
Para 2018, os clubes já estudam
uma competição de pontos corridos e a criação da Série B, abandonando os
estaduais. Estes ficariam somente para as equipes menores, funcionando na
prática como uma Série C da Copa do Nordeste.
A Copa Verde está ganhando força
a cada ano. Apesar de não ter a fase de grupos e ser disputada integralmente no
estilo mata-mata, a mesma já está caindo nas graças da torcida.
E todas essas copas regionais
ainda possuem um importante atrativo: uma vaga na Copa Sul-Americana. O que em
vias consideradas normais seria quase impossível, como ficar entre os melhores
da Série A do Campeonato Brasileiro.
Troféu da Copa Verde |
Além disso, essas copas se
desenvolveram com a transmissão do Esporte Interativo, que buscou vias
alternativas de conteúdo para se estabelecer no mercado.
As copas regionais, além de serem
mais democráticas, ajudam a solucionar uma parte do calendário nacional. Não
admito a ideia de que os clubes tenham que “lutar” em campo para ter calendário
até o final do ano. Ter calendário o ano todo não pode depender de
classificação em campeonato estadual.
Acredito que o calendário ainda tem espaço para a criação da Liga Sul, com clubes que não participam da Primeira Liga, Série A e B do Campeonato Brasileiro (Ex.: Caixas-RS, Juventude-RS, Metropolitano-SC, Inter de Lages-SC, Marcílio Dias-SC, Maringá-PR, Operário-PR etc). Assim como a Liga Sudeste, com clubes de Minas, RJ, SP e Espírito Santo, desde que não estejam na Primeira Liga, Série A ou B do Brasileirão. Ambos dando vaga na Copa Sul-Americana, a exemplo da Copa Verde e Copa do Nordeste.
Essas ligas menores teriam força comercial?
Sem profissionalismo, com certeza que não avançariam. É preciso criar uma
marca, despertar o desejo no torcedor. Canais precisando de conteúdo não
faltam, afinal temos Sportv 1, 2 e 3; Fox Sports 1 e 2; Band Sports, Esporte
Interativo 1 e 2, ESPN Brasil, além de canais abertos.
O Brasileirão, Copa do Brasil,
Copa Sul-Americana e Libertadores é assunto para depois...
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