sexta-feira, 29 de abril de 2016

A importância dos torneios regionais

Sou um grande defensor das copas regionais (interestaduais), pois acredito que é uma forma de democratizar o acesso das pequenas e médias equipes aos recursos da TV e patrocinadores.
A união faz a força! Torço – e muito – para que as ligas regionais tenham sucesso. Os clubes precisam unir o que há de melhor para que tenham retorno financeiro.

É preciso unir forças, conhecimento e trabalho. Não é “pegar carona” nos clubes maiores, como acontece hoje nos campeonatos estaduais. Não podemos sacrificar o Flamengo, Cruzeiro, Grêmio etc em prol da sobrevivência dos clubes do interior.

Esse tipo de pensamento é muito lesivo ao futebol brasileiro, pois impede os grandes clubes de potencializarem suas receitas e tornarem-se competitivos internacionalmente.

Os grandes precisam se juntar entre eles, eventualmente dando uma oportunidade para as equipes médias de sua região. Ainda assim, torna-se mais democrático o acesso, pois dificilmente uma equipe média/pequena conseguirá chegar à Série A do Campeonato Brasileiro, mas poderá ter êxito na Copa do Nordeste, Copa Verde etc.   

Troféu da Copa do Nordeste
A Copa do Nordeste é o melhor exemplo que temos. Uniram as potências regionais (que tecnicamente no Brasil são equipes de médio porte, basta ver que a grande maioria oscila entre Séries B e C) e não dependem de Flamengo ou Corinthians para obter sucesso. O sucesso está no regionalismo, com os clubes mais populares do Nordeste, e também dando oportunidade aos clubes menores.

Para 2018, os clubes já estudam uma competição de pontos corridos e a criação da Série B, abandonando os estaduais. Estes ficariam somente para as equipes menores, funcionando na prática como uma Série C da Copa do Nordeste.

A Copa Verde está ganhando força a cada ano. Apesar de não ter a fase de grupos e ser disputada integralmente no estilo mata-mata, a mesma já está caindo nas graças da torcida.
E todas essas copas regionais ainda possuem um importante atrativo: uma vaga na Copa Sul-Americana. O que em vias consideradas normais seria quase impossível, como ficar entre os melhores da Série A do Campeonato Brasileiro.

Troféu da Copa Verde
Além disso, essas copas se desenvolveram com a transmissão do Esporte Interativo, que buscou vias alternativas de conteúdo para se estabelecer no mercado.

As copas regionais, além de serem mais democráticas, ajudam a solucionar uma parte do calendário nacional. Não admito a ideia de que os clubes tenham que “lutar” em campo para ter calendário até o final do ano. Ter calendário o ano todo não pode depender de classificação em campeonato estadual.

Acredito que o calendário ainda tem espaço para a criação da Liga Sul, com clubes que não participam da Primeira Liga, Série A e B do Campeonato Brasileiro (Ex.: Caixas-RS, Juventude-RS, Metropolitano-SC, Inter de Lages-SC, Marcílio Dias-SC, Maringá-PR, Operário-PR etc). Assim como a Liga Sudeste, com clubes de Minas, RJ, SP e Espírito Santo, desde que não estejam na Primeira Liga, Série A ou B do Brasileirão. Ambos dando vaga na Copa Sul-Americana, a exemplo da Copa Verde e Copa do Nordeste.

Essas ligas menores teriam força comercial? Sem profissionalismo, com certeza que não avançariam. É preciso criar uma marca, despertar o desejo no torcedor. Canais precisando de conteúdo não faltam, afinal temos Sportv 1, 2 e 3; Fox Sports 1 e 2; Band Sports, Esporte Interativo 1 e 2, ESPN Brasil, além de canais abertos.

O Brasileirão, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Libertadores é assunto para depois...